quinta-feira, 30 de julho de 2009

O cio, ócio

Meus castanhos nos teus negros
Teus dedos no meu beijo
Meus cilios nos teus arquejos
Teus calos no meu tecido
Tuas papilas gustativas nos meus mamilos
Minha voz rouca no teu cheiro do corpo

Entrelaçados num só
Variadas intenções no nó.
Calafrios queimando em brasa
Movimentos lânguidos, cheios de graça
Meio asco, o gozo
Dente-saliva-quente-lingua-afiada
A carne nua, crua, tua, santa, oca

Morre tudo num suspiro sonoro
No escuro. Madrugando
Ainda sentindo gosto
Do ato ocioso
Libidinoso.

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