Não é que de repente eu saiba o que estou fazendo.
Mas quando me ponho a pensar, me pego vendo.
Elas voam de encontro a mim, as aspas, os fins.
As palavras mortas, já enterradas no meu eu, em mim.
Matutas, astutas, molecas, de merda e afins.
Poucas se mostram inteiras, outras à beira.
Ostentam o brilho do ouro e eu só lhes dou da cera.
De luz fraca e suspiros espaçados, me volto ao meu interior inexplicável e indiscutível.
O irremediável prazer de verborragizar.
Poesia não leva ninguém a lugar nenhum, mas nos leva a lugares onde pessoas jamais vão.
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