sexta-feira, 17 de setembro de 2010

O ovo, meu ex-ovo.

Acho que é nova de novo
Mesmo ainda sendo a mesma
Como se saisse de vez de dentro do ovo.
Ainda que não quisesse estaria de fora, vendo tudo ao redor, mudando sempre de ideia.
Vendo tudo ir embora, vendo tudo voltar de onde nem se sabe.
Vendo os encaixes passados com todas as peças erradas.
Não se sabe de onde veio essa vontade de nada, mas sabe-se que dela nascerão as novas verdades...
verdades de alguém que antes não se importava com tudo e que agora se preocupa com nada.
Verdades essas que se tornam tolas, já que vem de alguém que mal quebrou sua casca do ovo e já põe asas de fora e quer gritar por seus direitos de ser vivo. Já pensou?
Já. Quem já saiu do ovo já pensou e muito nisso, já passou por isso. Quem diria, ahn? Que um dia um ser pequeno desse pudesse ser assim tão grande, sujo, gordo, cheio de pecados, cheio de rancores, cheio de coisas que não o perturbavam dentro do ovo.
Gostaria de não sair da minha casca. Tudo era tão bom e amarelo lá dentro que penso que, talvez, o paraíso seja desse jeito. Bom e amarelo.
Adeus ovo.

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