domingo, 23 de dezembro de 2007

Pecadinhos-de-Verdade (podem não aparecer a olho nu)


Obras de arte que surgem sem motivo
Palavras secas que acalmam o espírito
Vou te contar o que não era pra ser dito
(é pra não fazer sentido)

Musa que não inspira e cola que não gruda
é pra não fazer sentido que eu te canto qualquer música

Agora, nesse momento, daqui a pouco ou depois
Faço isso tudo valer à pena ou só te encho de calor?

Eu não sei fazer sentido e nem gosto de qualquer flor
Quero só impossível...
O que me alimenta e me devora...
O te amor.

(mistura de euforia e mosquitos de madrugada)


-

Sem ser ouvida, na calada da minha noite
Não digo nada pela boca
Mas cada pedaço do meu corpo grita

Juro não parecer a mesma
nem em mil anos depois
Vou mudar, ao pé da letra, até
feijão virar arroz

Te enjôo com essa cor do meu cabelo
Te faço ânsias porque nunca
mudei aquele quadro de camelo.
Mas sempre que posso te surpreendo com meu cheiro
A cada estação que passa nova essência no cinzeiro

Tô feliz ainda assim, sabe?
Te ver com alguém de outra cidade
Alguém que até te ama... mas não de verdade
não como é a minha verdade.
Ah, verdade que me faz querer mudar.

(uma besta quadrada que pensa que se mudar será amada)


-


Ela não fala, não me mostra, me esconde a resposta
Não me encara, vira as costas e parece furiosa
Vou ter que decifrá-la e chegar perto pra descobrir o que tem dentro dele
A menina dos olhos dele não me ajuda...
porque ele é uma incognita, o X da minha questão
Vai saber se ele me gosta ou prefere outra opção
Com ele eu topo tudo, de barzinho a morgação
Essa menina só tem que me dizer se o que ele sente é de coração...

(sobre esse não tenho certeza, e tenho medo de descobrir.)


-

Temo que desconheça quem eu realmente sou.
Julgue por qualquer besteira o meu eu interior.
Não faz mal ser visto a olho nu, o problema é que
nem todo mundo sabe ver através do que parece ser.
O que parece ser está fora de questão.
Tudo bem, anima o corpo, mas não alimenta o coração.
O que é de verdade é o que é de verdade e pronto.`
É o de dentro que faz doferença.
O que canta pra alma
Sem parecer nada.
Assim sendo.

(esse fala sozinho, né?)

querido blogue,



na verdade todo mundo pode se sentir assim
não é dificil, ou é?
eu não preciso me sentir louca por sentir o que eu sinto.
entende? olha, eu sei que é só uma justificativa de mim pra mim mesma
por não saber justificar ou dar um motivo pra isso.
é assim fácil e ao mesmo tempo dificil.
sentir-se só cercado por pessoas é clichê.
mas poxa, quem não é clichê um dia?
é feio sentir medo de ser só. é feio sentir pena de si mesmo
por estar só.
não foi isso que eu quis dizer, não é que eu esteja com medo da solidão.
isso também faz parte.
é claro que não é a todo momento... mas em algum momento essa sensação aparece.
não se pode ser forte o tempo todo, ser fraco é divino. basta saber usar a fraqueza
pra fortalecer o aprendizado. não tenho com quem conversar isso. alias não tenho com quem conversa sobre muitas cosias que dizem respeito a mim
é inútil tentar falar com os meus sobre qualquer ponto fraco meu. ou sobre qualquer ponto de vista que me atraia.
por que? porque todos tem algo a dizer, a criticar, a ter opniões melhores e superiores que as minhas.
é sempre assim. eu sempre ouvi, sempre dei razão e consegui mudar de opnião com argumentos válidos.
cansei de falar e ninguém ouvir. vou contar pro meu blog, porque só ele está nas horas solitárias sem fazer objeção da hora ou das minhas ideias.
cansei

(ai, ai. se é assim, bem vinda solidão!)