quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Tens a mim, que sou o mesmo que nada.
Mesmo assim, tens a mim por inteiro, mesmo sem saber.
Tens meus olhos, que são cegos e nada vêem.
Mesmo assim, tens meu olhar profundo e apaixonado.
Tens minha alma, que é corrompida e pecadora.
Mesmo assim, tens minha essência que pode ser encantadora
Tens meu corpo, que já não é o mesmo da juventude
Mesmo assim, estou disposto a te fazer feliz e amar-te loucamente.
Tens todo o meu amor, que não é digno do teu perdão
Mesmo assim, é verdadeiro e de todo o coração.
Ai, como me dói não ser completamente tua.
Me doaria com corpo e com alma.
Seria tua, nua e crua, do jeito que tu me quisesses.
Seria tua até a minha última prece.
Te amaria até depois do teu último suspiro.
E quando tudo acabasse, sofreria minuciosamente se te visse
em outros braços.
É digno de risos ou de mais abraços? Esse poema infame.
Mas que, infelizmente, contém todos os meus traços