quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Depois continuo com os outros, Los Otros.

Espinhos na rua onde ele pisa
Espinhos no bairro onde ele mora
Espinhos em pedaços da minha vida
Eu os ignoro.
Sangram os dedos que me pertecem
Sangra dos lados que ainda me convencem
Sujos de água, foi tudo lavado
Nem roupa nem retalho
não sobrou nada
Nem mais caminho, nem mais atalho
É calçada branca
mãos vazias, cortadas pelos espinhos desse amor passante.

-

Como se fosse ser azul pra sempre
Assim, como se fosse em mim; ausente
Prepare-se pro sol e pra qualquer outro que vir
Em raios noturnos de uma paixão indescente
Ou em soluços roucos de um sopro carente
Te sinto ainda em mim, barba soprando no pescoço
[suplico]
A tua música ainda impregnada no meu corpo
[corro]
Te imagino meu, debaixo das minhas cobertas
Os meus devaneios se emvaidecem quando lembro-
de toda aquela tua cor [branca] de um dia branco
Ou então dos meus mais doces pecados [expostos]
De nada, de tudo. Do que vem, do que volta. Assim, qualquer hora
Enfim, meu sortilégio
Meu mais delicioso parêntese [excitante].

(Thaiz e Guta)

-

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Tens a mim, que sou o mesmo que nada.
Mesmo assim, tens a mim por inteiro, mesmo sem saber.
Tens meus olhos, que são cegos e nada vêem.
Mesmo assim, tens meu olhar profundo e apaixonado.
Tens minha alma, que é corrompida e pecadora.
Mesmo assim, tens minha essência que pode ser encantadora
Tens meu corpo, que já não é o mesmo da juventude
Mesmo assim, estou disposto a te fazer feliz e amar-te loucamente.
Tens todo o meu amor, que não é digno do teu perdão
Mesmo assim, é verdadeiro e de todo o coração.
Ai, como me dói não ser completamente tua.
Me doaria com corpo e com alma.
Seria tua, nua e crua, do jeito que tu me quisesses.
Seria tua até a minha última prece.
Te amaria até depois do teu último suspiro.
E quando tudo acabasse, sofreria minuciosamente se te visse
em outros braços.
É digno de risos ou de mais abraços? Esse poema infame.
Mas que, infelizmente, contém todos os meus traços

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Me conta o que aconteceu.
você não sorri mais.
antes te via reluzente, como um feixe de luz solar...
agora te vejo azul, como a áurea de melancolia do mar...
Te sei mais que tudo, menina, mas isso tá difícil de entender.
você é uma flor, com sabor suave, um cheiro de ar puro.
não fique triste, meu amor. a vida é pra ser degustada e não pra ser engolida.
não deixe descer goela abaixo os (des) sabores que encontrares.
sinta os gostos, por mais amargos que possam ser.
beije e ame, abrece e sinta, cultive e aqueça, caia e amorteça.
assim você aprende a ser auto-suficiente:
quem você mais tem é quem te mora, é você mesma.

sábado, 13 de setembro de 2008

arde.
segredo que desperta atenção.
mania que te engole.
costume de pressentir.
mole, mole.
não é sólido.
fica parado.
me console,
tá no ar.
me aquece e queima a boca.
enlouquece e é boba, boba.
(sem fim)

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Carta de Quem vive

Eu gosto mesmo é de dizer o que eu penso. Eu gosto mesmo é de viver no extremo intenso.
Me importar com o que os outros pensam? Não, isso é do menos. É claro, quem não liga pro que os outros pensam? Todo mundo liga. O que te faz diferente é se tu fazes o que quer, se tu és quem queres ser, independente das opiniões alheias. Ah, entendi agora.
Quero voar, conhecer o espaço. Poxa, tanta coisa que eu tenho que ver ainda. Eu gosto dessa sede de conhecer, dessa sede de vida. Não e nem quero estar satisfeita e acomodada. Prefiro as mudanças, o crescimento, a evolução, o aprimoramento, as descobertas, as reviravoltas, as tempestades, os pores-do-sol (é preciso ver todos os pores-do-sol possíveis, todo dia eles mudam, com cores diferentes, harmonia própria, como se nascesse cada dia um ser diferente)... Ai, ai. Amo viver, amo estar respirando.
E graças a Deus, só tenho a agradecer. Muito obrigada! Pela minha vida, minha família, pela nossa saúde, pelos menus amigos, meus queridos mestres, pelo meu corpo, pelas oportunidades que já me foram (outras que ainda serão) concedidas, pela minha casa, pelo meu corpo estar em perfeita harmonia com a minha mente, pelo meu ser. É, é isso mesmo, EU ME AMO. Me amo muito e vou seguir o meu caminho com sorrisos e dando as mãos para os meus queridos, abrindo portas e janelas, trazendo sempre comigo as lembranças e experiências que a vida vai me dando, lembrando sempre daqueles que estiveram presentes na minha vida e sempre estarão no coração. É isso. Me despeço e vou dormir, porque amanhã o dia vai ser lindo.
Tem muito azul em torno dela
Azul no céu azul no mar
Azul no sangue à flor da pele
As mãos de rosa de Iemanjá

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Crônica do amor - Arnaldo Jabor

Ninguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem, caso contrário os honestos, simpáticos e não fumantes teriam uma fila de pretendentes batendo a porta.
O amor não é chegado a fazer contas, não obedece à razão. O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo, por conjunção estelar.
Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do Caetano. Isso são só referenciais.
Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca.
Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera.
Você ama aquela petulante. Você escreveu dúzias de cartas que ela não respondeu, você deu flores que ela deixou a seco.
Você gosta de rock e ela de chorinho, você gosta de praia e ela tem alergia a sol, você abomina Natal e ela detesta o Ano Novo, nem no ódio vocês combinam. Então?
Então, que ela tem um jeito de sorrir que o deixa imobilizado, o beijo dela é mais viciante do que LSD, você adora brigar com ela e ela adora implicar com você. Isso tem nome.
Você ama aquele cafajeste. Ele diz que vai e não liga, ele veste o primeiro trapo que encontra no armário. Ele não emplaca uma semana nos empregos, está sempre duro, e é meio galinha. Ele não tem a menor vocação para príncipe encantado e ainda assim você não consegue despachá-lo.
Quando a mão dele toca na sua nuca, você derrete feito manteiga. Ele toca gaita na boca, adora animais e escreve poemas. Por que você ama este cara?
Não pergunte pra mim você é inteligente. Lê livros, revistas, jornais. Gosta dos filmes dos irmãos Coen e do Robert Altman, mas sabe que uma boa comédia romântica também tem seu valor.
É bonita. Seu cabelo nasceu para ser sacudido num comercial de xampu e seu corpo tem todas as curvas no lugar. Independente, emprego fixo, bom saldo no banco. Gosta de viajar, de música, tem loucura por computador e seu fettucine ao pesto é imbatível.
Você tem bom humor, não pega no pé de ninguém e adora sexo. Com um currículo desse, criatura, por que está sem um amor?
Ah, o amor, essa raposa. Quem dera o amor não fosse um sentimento, mas uma equação matemática: eu linda + você inteligente = dois apaixonados.
Não funciona assim.
Amar não requer conhecimento prévio nem consulta ao SPC. Ama-se justamente pelo que o Amor tem de indefinível.
Honestos existem aos milhares, generosos têm às pencas, bons motoristas e bons pais de família, tá assim, ó!
Mas ninguém consegue ser do jeito que o amor da sua vida é! Pense nisso. Pedir é a maneira mais eficaz de merecer. É a contingência maior de quem precisa.

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Tu e eu - Luis Fernando Veríssimo

Somos diferentes, tu e eu.
Tens forma e graça
e a sabedoria de só crescer
até dar pé.
Eu não sei aonde quero chegar
e só sirvo pra uma coisa
- que não sei qual é!
És de outra pipa
e eu de um cripto.
Tu, lipa
Eu, calipto.

Gostas de um som tempestade
roque lenha
muito heavy.
Prefiro o barroco italiano
e dos alemães
o mais leve.
És vidrada em Lobão
eu sou mais albinônico
Tu, fão.
Eu, fônico.

És suculenta
e selvagem
como uma fruta do trópico.
Eu já sequei
e me resignei
como um socialista utópico.
Tu não tens nada de mim
eu não tenho nada teu.
Tu, piniquim.
Eu, ropeu.

Gostas daquelas festas
que começam mal e terminam pior.
Gosto de graves rituais
em que sou o penitente
e, ao mesmo tempo, o prior.
Tu és um corpo e eu um vulto,
és uma miss, eu um místico.
Tu, multo.
Eu, carístico.

És colorida,
um pouco aérea,
e só pensas em ti.
Sou meio cinzento,
e só penso em Pi.
Somos cada um de um pano
uma sã e o outro insano.
Tu, cano.
Eu, clidiano.

Dizes na cara
o que te vem à cabeça
com coragem e ânimo.
Hesito entre duas palavras,
escolho uma terceira
e no fim digo o sinônimo.
Tu não temes o engano
enquanto eu cismo.
Tu, tano.
Eu, femismo.
VOU PARAR DE ACREDITAR.
JURO QUE VOU!

QUERIA SER UMA PEDRINHA
E NÃO SENTIR
INANIMADAMENTE
PROFUNDAMENTE
SEM CORAÇÃO.


(te espero na janela, pra te ver passar, sem ninguém saber.)
Aposto que de ti não sei mais nada.
Aposto que mudamos o rumo da nossa caminhada.
Crescentes desencontros, já não sabemos mais quem somos.
Me lembro o tempo inteiro de não me lembrar de nós mesmos.

Queremos outras paisagens, queremos alcançar a plenitude.
Mas tu queres a verdade e eu algo que só me ilude.
Não tentaremos mais seguir em frente um do lado do outro.
Viveremos em opostos, tendo aquilo que merecemos.
Sentindo outros gostos, talvez sendo mais felizes.

O que me desagrada é essa história de oposição.
Não era isso que dava certo? com opostos rola atração...
Não é bem assim que a coisa funciona.
Tua cabeça é de barro, a minha de lona.
Quem ainda nao retratou o desencaixe da sua cara-metade?

Eu acho tudo muito quieto, muito natural de mais.
Ainda que fosse como antigamente, um fogo ardente, lancinante.
Atrapalhando meus sentidos, atordoando, era bom.
Agora deixou de ser.

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

I'll be waiting...


Sabiá lá na gaiola fez um buraquinho.
Voou, voou, voou, voou.
E a menina que gostava tanto do bichinho,
chorou, chorou, chorou, chorou.
Sabiá fugiu do terreiro, foi cantar no abacateiro e a menina triste a chorar:
"vem cá, Sabiá, vem cá".
"Sabiá, estou te esperando", a menina diz soluçando.
Sabiá responde de lá:
"Não chores que eu vou voltar..."































"Às vezes precisamos ter paciência e aprender que o amor não é posse. É bem maior que isso. É cuidar, é compreender, é compartilhar, é respeitar, é outras tantas coisas (...) é preciso viver, sentir na pele o que é o amor."

terça-feira, 12 de agosto de 2008

rimas fáceis sem poética
e o povo consome tudo que essas gravadoras emburrecedoas fornecem.

PAI, AFASTA DE MIM ESSE CÁLICE!
CALE-SE!

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Eu tô nessa e tô me molhando.
tô achando um barato.
tem gente que recrimina, que fala mal, que ri.
mas quer saber? nem tô.
quero mais é que se explodam.
eu vou é ser feliz.
Gente, tô falando isso não é por nada não. É que ter 18 não é tão fácil quanto parece. Não, não é uma crise adolescente, é só que, sei lá, as pessoas acham que a gente de 18 não pensa, que a gente de 18 não tem opnião própria. QUE PORRA! Eu não preciso provar pra ninguém o que eu sou e do que sou capaz, mas puta que pariu de asas, isso é um saco.

Pronto, desabafei.
Posso continuar poesiando...

sábado, 21 de junho de 2008

Não vou te ligar.
não adianta me pedir. já disse que não vou me apaixonar
não vou pensar em ti.
não vou te responder mais nada.
não quero mais teu beijo.
vou permanecer calada.
-

Adoro esse jeito assim meio complicado
todo esse fuso-horário
essa longa distância, esse amor a longo prazo
esse cheque sem fundos
esse táxi lotado
Ai, como eu gosto disso tudo.
-

TUDO, MAS TUUUDO É POSSÍVEL.

quarta-feira, 14 de maio de 2008

se dizer coisas bonitas não for o bastante, te faço feliz a vida toda num só instante

Poemas de minuto

casar na igreja, ter dois filhos, fazer planos, ter casa, comer fora todas as terças, amar incondicionalmente, ir à feira, coisas, carro, trabalho, viagens, banho de mar, mergulho no rio, céu estrelado, cinema, teatro, melodias, cheiros, gostos, beijos...
-
Momento seguro, fato consumado
Num quarto escuro, cinzeiro ao lado
Te faço sorrir sem fazer piada
Canto e danço sem se quer respirar
Te conto um segredo de boca fechada
Pra tudo ficar na memória
Na memória cansada
-
escrevo sentindo, passo batido
nem sempre a verdade
é questão de palavra
não posso fugir do meu encargo
dado por pessoa qualquer
alguma entidade
por mim mesma
soltando verbos presos por tanto tempo
por tempo nenhum
-
Despe esse cansaço
Te livra desse peso
Significa algo novo
Significa recomeço
Nasce agora
Enquanto desponta a aurora
Te conto as verdades
Te sigo em qualque direção
-
Não precisa fazer sentido
nem conter milhões de linhas
Basta empregar palavras
desesperadas por serem lidas.


domingo, 4 de maio de 2008

Todo mês

arrancaram o amor
sem confiança nem reconhecimento
cobranças e falta de apoio
mais uma vez.

dispersos no vazio do core
ondas e ressentimentos
desejos de liberdade
vontade de asas.

ao mesmo tempo, amor.
melancolia e dor
tudo inconstante, durando segundos
e parecendo demorar um mundo.

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Um romance policial

Um mar de palavras não pronunciadas;
Noites de sono mal dormidas;
Movimentos lentos, esboços de rostos;
Num apartamento vazio, cheio de ecos.
Não tornei a tocar no assunto.
na verdade, resolvi voltar a ser
o velho sucinto de antigamente
quando ninguém corria perigo...

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Poemas soltos na madrugada insone;

Estive tentando dormir.
Tentando.
Tentativas inúteis quando se tem palavras lhe atentando.
Poemas soltos que tendem a pedir por papel.
Poemas que não sobrevivem na cabeça querem ganhar o céu.
-

Pois cá estou, as 2:59 da manhã, precisando, NECESSITANDO de umas horas de sono. Impossível dormir com todas essas palavras martelando a minha consciência.
Sendo assim, realizarei o desejo dessas prepotentes e humildes Senhoras (mais falam bobagens do que dizem algo, mas são doces aos meus ouvidos).
Ora, pois, reclamo se não as tenho e reclamo novamente se elas não me deixam em paz. Sou, o que se pode chamar de, uma poeta sem querer ser e sendo assim nada sendo.
-

O verdadeiro perfeito

És um ser perfeito
Porque tem defeitos
Porque comete erros
Por ser um mero mortal
Mas não és só perfeito por te faltar perfeição...
Não!
És perfeito porque te encaixas no meu defeito de fabricação.

-
Por entre mensagens subliminares
cheias de entrelinhas
carregadas de tensão
Recípocro saldo gasto
algo ainda maior, exaustão
Quilômetros de mais
Tato de menos

Um dia isso ainda finda
O vento sofre alterações
Depois da chuva vem o sol.
E´daí? Nada mudou.
Calma, sofremos todos a trapaça
e agora assim isso tudo passa

segunda-feira, 14 de abril de 2008


TENHO TANTO PRA DIZER E NÃO SEI QUE PALAVRAS USAR.


ócio criativo.

domingo, 13 de abril de 2008

Coisas simples da vida

Hoje não posso falar muito. Estou ocupada demais refletindo sobre os atuais acontecimentos. Os acontecimentos mais importantes do ano.
Nasceu uma flor no meu jardim, o sol está mais quente que nos outros dias, mas o vento sopra suave tocando as folhas da amoreira. Íncrivel, não é? Preciso ir ver de perto a minha nova hóspede.
Depois nos falamos.

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Gula

É doce a vontade
"matando a sede na saliva", já dizia nosso poeta Cazuza
Gula de ter, gula de viver
Lambendo sempre os beiços, querendo sempre a última gota
Chupando todo o sumo da laranja
Deixando amargo o desejo de quem vê
Apetitosas são as delícias da vida
É preciso ser guloso, muito guloso para aproveitá-las
Perder escrúpulos, adotar loucuras
O tempo é curto, merece o devido aproveito...

terça-feira, 8 de abril de 2008

Invasão - Bruna Lombardi (O perigo do Dragão)

escuta, eu carrego esses pecados capitais, todos
sou gulosa, passional e nem sempre é santa a minha ira
mas das palavras não sou eu que faço uso
são elas, as geniosas, as venais
que se utilizam de mim e se divertem
com meu desespero de caçá-las
na minha insônia.
São elas, se mascaram, se camuflam
insidiosas
se insinuam, me enlouquecem
sem nunca ceder

Peço uma trégua, não aguento mais
e Deus me pede uma paciência sem limite
Deys me pede que eu me sacrifique
para poder salvá-las

Acabo me entregando, cansada, extenuada, exaurida
veículo de sua vontade
eu deixo então de lado a minha vida
e a própria vida não tem mais importância
Através de mim elas se manifestam, as palavras
na plenitude de sua arrogância

quarta-feira, 2 de abril de 2008

domingo, 30 de março de 2008

Natural

Ah, é tão bom sentir chegar essa conhecida sensação de novidade, um botãozinho de flor prestes a se abrir... é tão bom.
É como sentir a brisa leve tocar a pele, sentir borboletas voando dentro da barriga, sentir calor e frio ao mesmo tempo. Isso tudo não tem preço.
E é assim, meus caros leitores, que está essa humilde moça que vos fala.
Estou sim, com toda certeza, apaixonada. Creio que nada muito sério está por vir, mas só de sentir esse gosto na boca já me satisfaço.

;)

Vai chover agora.
Vai chorar a minha Amora.
Pingando como só ela pinga
Beijando e amando a terra
Deslizam as gotas pelas folhas
Namoram a grama... quimera
Já é quase Noite e ela espera
A Lua se esconder mais uma vez
atrás de Nuvens e Estrelas que ja morreram...

Vai acordar a Madrugada
Vai sofrer ainda um bocado
Sem luz de Lua nem de vela
Ela adormece em berço dourado
Chama e se derrama
Ela só quer um amor
Da Solidão ela tem pavor
Dorme, sonha, derrama e corre... além da insônia

Vai despontar a Aurora
Vai adoçar a minha história
Já vem o sabor da manhã
O Passáro pousa no Galho
Enche de beijos a Amora
Rouba suspiros que outrora não lhe pertenciam
Canta a alma de sua amada, aprende a amá-la
Abre a asas, mas não voa
Jura amor eterno até o entardecer

Vai ser feliz
Vai adorar a vida
Vai cantar cores
Vai viver amores
Vai sofrer horrores
Vai amar
Vai sentir prazer
Vai querer morrer
Vai querer voltar
Vai mudar de idéia
Vai aceitar sua pena
Vai fazer de tudo um pouco, tem até o infinito pra ser feliz

segunda-feira, 24 de março de 2008

Canto de Amizade


mente.
discimula.
e diz ser o que não é.

faz-se de vítima.
comete crimes.
magoa.

sabe ser mal
age na surdina
tem idéias mirabolantes.

tem um sorriso doce, um sorriso que arranha o ego
um toque de anjo, que arde como brasas
uma voz que mais parece um canto...
que enfeitiça e cega

depois de cair num abísmo de mentiras e loucuras
acorda de um sonho quente, agitado, diferente
revelando seu enorme fracasso.
deu errado seu plano maléfico.

Doces Pecados

Um beijo molhado, na chuva
Um segredo contado, sem medo de nada
Um lugar chamado Pasárgada
Uma mulher desescrupulada
Um amor que virou raiva

Aquele seu olhar estonteante
Aquele loucutor meio farsante
Aquela Monalisa solucionada
Aquela letra não identificada

Me conta o seu segredo, que eu te exponho a verdade
Nossos pecados ficam bem mais à vontade
E se eu te fizer querer ser pecador... não tem problema
esse é o amor.

domingo, 23 de março de 2008

tpm

sempre me faz sofrer.

sexta-feira, 7 de março de 2008

Desabafo

Ah meu bom Deus! Parece que essas coisas sempre acontecem com as pessoas a nossa volta, mas pensamos que é praticamente impossível que aconteçam conosco. De fato acontecem. É claro que nesse caso estou apenas supondo, e normalmente minhas suposções estão corretas, mas também posso me enganar. Espero, de todo o coração, que este seja apenas mais um imbróglio meu.

quarta-feira, 5 de março de 2008

Antigo recente


Fico calada

Não falo nada.

Porque palavras não são capazes de expressar

É demais. É muito. É grande. É tudo.

Dói guardar só pra mim.

Mas o que fazer?

Por numa caixinha e despachar pra longe.

Como esquecer, se bate na porta toda hora?

Não esquecer o que nunca se soube.

(sem data)


sem mais o que dizer, esse poema é de um sentimento que já passou. enfim... agora são outros. que não me inspiraram ainda, acho que por não serem tão importantes.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Praia


Lugar aberto e arejado

água, areia, nada

tudo no meio

no meio do nada

abrindo distante, o sol

confortante

sagado, quente, dourado

queimando os fios

do seu cabelo

refletidos no rio
no rio calado

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Lusis

Não adiantou de nada pegar a estrada e vir pra este lugar
Você apareceu na noite passada, num pouso de emergência sem me avisar...
Cruzou o meu espaço, invadiu meu sonho, levou todos os lanos pra me conquistar
O que você quer de mim? Me iludir me acordar e me deixar ruim... e me deixar assim...

Como posso ter te perdido, se você nunca me pertenceu?
Como posso ter te esquecido, se a gente nunca se conheceu?

E mesmo assim pensei em te ligar, manda notícias minhas
mas afinal... O que você quer de mim? Me iludir, me acordar e me deixar ruim...

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008


Ai, ai.


Mais um suspiro quente de um dia morno.


Vontade ser mais, vontade de ter coragem.


A temperatura que espera a atitude... que nunca virá;




O silêncio da tv ligada e a risada no fundo.


O tédio entorpecente desse dia cinza.




Essa impossível possibilidade.


Essa carga pesada nas costas.


Essa preguiça eminente


E o telefone tocando...


E ele não disse nada no final.




quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Despreocupe-se e pense somente no essencial...


O que se faz quando acontece o que mais se teme?


É realmente uma das coisas que eu mais me pergunto nessa vida.

Aquele momento mais tenebroso e mais assustador que você não espera que aconteça durante sua longa estada na terra...

E quando acontece? Putamerda. Acontece né? É. Agora é seguir sem esperar nada, sem se apegar, sem se preocupar com o que virá. Eu que sempre fui umas dessas pessoas que prefere viver a pensar muito... Acho que a vida não é muito longa pra ficar pensando demais. Mas sabe de uma coisa? Isso é uma merda, é difícil pra caralho.

É assim mesmo, mas a vida continua e é cheia de possibilidades...

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Tava satisfeita em te ter como amigo
Mas o que será que aconteceu comigo?
Aonde foi que eu errei?
Às vezes me pergunto se eu não entendi errado
Grande amizade com estar apaixonado
Se for só isso logo vai passar
Mas quando toca o telefone será você?
O que estiver fazendo eu paro de fazer
Se fica muito tempo sem me ligar
Arranjo uma desculpa pra te procurar
Que tola mas eu não consigo evitar


tudo verdade u.u