quarta-feira, 14 de maio de 2008

se dizer coisas bonitas não for o bastante, te faço feliz a vida toda num só instante

Poemas de minuto

casar na igreja, ter dois filhos, fazer planos, ter casa, comer fora todas as terças, amar incondicionalmente, ir à feira, coisas, carro, trabalho, viagens, banho de mar, mergulho no rio, céu estrelado, cinema, teatro, melodias, cheiros, gostos, beijos...
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Momento seguro, fato consumado
Num quarto escuro, cinzeiro ao lado
Te faço sorrir sem fazer piada
Canto e danço sem se quer respirar
Te conto um segredo de boca fechada
Pra tudo ficar na memória
Na memória cansada
-
escrevo sentindo, passo batido
nem sempre a verdade
é questão de palavra
não posso fugir do meu encargo
dado por pessoa qualquer
alguma entidade
por mim mesma
soltando verbos presos por tanto tempo
por tempo nenhum
-
Despe esse cansaço
Te livra desse peso
Significa algo novo
Significa recomeço
Nasce agora
Enquanto desponta a aurora
Te conto as verdades
Te sigo em qualque direção
-
Não precisa fazer sentido
nem conter milhões de linhas
Basta empregar palavras
desesperadas por serem lidas.


domingo, 4 de maio de 2008

Todo mês

arrancaram o amor
sem confiança nem reconhecimento
cobranças e falta de apoio
mais uma vez.

dispersos no vazio do core
ondas e ressentimentos
desejos de liberdade
vontade de asas.

ao mesmo tempo, amor.
melancolia e dor
tudo inconstante, durando segundos
e parecendo demorar um mundo.

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Um romance policial

Um mar de palavras não pronunciadas;
Noites de sono mal dormidas;
Movimentos lentos, esboços de rostos;
Num apartamento vazio, cheio de ecos.
Não tornei a tocar no assunto.
na verdade, resolvi voltar a ser
o velho sucinto de antigamente
quando ninguém corria perigo...